É paradoxal pensar que no século da informação ainda haja tanta gente (des)informada, limitada e completamente ignorante. Ou que o avanço da tecnologia e a difusão dos meios de comunicação em massa não sejam suficientes para erradicar alguns problemas de cunho socio-cultural.
É tão mais fácil transportar as montanhas do Himalaia, que (des)construir mitos enraizados, quebrar paradigmas e convenções pré-estabelecidas.
Não há nada mais sórdido do que se pensar a vida como uma grande enciclopédia de conceitos prontos, cujas filosofias instantâneas para nada servem, a não ser alimentar ainda mais a ignorância dos tolos.
(Re)pensar conceitos, crenças, dogmas, filosofias e valores deveria constituir um check up obrigatório!
Cresci ouvindo que chapeuzinho vermelho era boazinha, inocente, medrosa. Hoje, (re)contaria a mesma estorinha, só que invertendo os papéis. Na minha versão, a chapeuzinho é loira, linda, diabólica e vilã. Já o lobo mau, que de mau não tem nada, seria calmo, gentleman e altamente " benevolente", vulgo idiota.
E o que dizer de uma cinderela que passa a vida toda esperando por um príncipe idealizado? De um Peter Pan que vive de utopias? Ou de uma Alice ingênua, completamente submissa às premissas de um coelho manipulador?
À parte os contos de fada, de posse do concreto e com os dois pés bem ficados no chão, os sonhos mais parecem surtos fantasiosos do que a aeronave que te permite ir à outra dimensão.
É nesse contexto ilusório que muitos têm construído suas verdades.
A desproporcionalidade está não no peso que se atribui a certas questões, mas no simples fato de você fugir ou não à regra, quebrar convenções, desconstruir esteriótipos.
Mas até que ponto somos realmente livres?
Será que nossas concepções são tão "autênticas" assim?
Ou será que são verdades camufladas? Aquelas que escondemos a todo custo somente pra manter o ar de 'revolucionário', 'vanguardista', 'moderninho' e outros mais?!
2 comentários:
Veja que mente extraordináriamente brilhante,
gosto muito de ler.
hoje estás
quebrando paradigmas,e estereótipos.
Fantástico seu texto.
Viu como lhe cabem muito bem as endumentárias Piagetiana e filosófica.
Assim desistes da ideia investigativa sobre mim.
Abraço cognitivo bem construido.
hahaha ;D
"Protesto, protesto!"
argumentos por demais arbitrários!!
Eu Piagetiana? :O rs
[o que te faz pensar isso?]
Obrigada pelo carinho em ler e comentar meus textos. Abraço. ;)
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