segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Na contra-mão.

"As life is action and passion, it is required of a man that he should share the passion and action of his time, at the peril of being not to have lived."

tradução: "Como vida é ação e paixão, se requer de um homem que ele deva compartilhar a paixão e a ação de seu tempo, ao perigo de não ter vivido."

(Oliver Wendell Holmes Junior) - juiz norte-americano.




trilha sonora: Jason Mraz & Colbie Caillat - Lucky (Video)


Cansada de tomar atalhos por não acertar as coordenadas cartográficas do coração, ela enfim, decide aventurar-se na contra-mão.
Pra quê GPS, se a localização é sempre duvidosa?
Ora à Sul das incertezas, ora à norte das convicções.
Um dia o Leste vira Oeste e vice-versa.

Pra um coração intempestivo e (in)trafegável, um bom estepe e ferramentas sempre à mão. Nunca se sabe quando vai aparecer um buraco, e nem a dimensão dele.

Há diversas variedades de paixão. As loucas e avassaladoras, outras menos insanas. Mas geralmente, inquietante.
Paixão é um troço que queima dentro da gente. Como uma bomba relógio prestes a explodir. É um emaranhado de sensações e medo. Uma vontade incomensurável de prender nas mãos toda a felicidade de um instante.

Estar apaixonado é um pouco (ou um muito) disso tudo.
É a (i)responsabilidade de sair por aí desbravando caminhos com apenas uma mochila nas costas. É ser andarilho e não saber exatamente aonde vai chegar.
É muito mais que arriscar e ousar...

Optar pela contra-mão não é de todo ruim. Só exige mais cautela, e muita atenção.
Mas dependendo da competência e habilidade emocional dos envolvidos, boas oportunidades poderão surgir de um piscar de olhos.
Porque o melhor da vida não está no planejado, e sim no inesperado!

Depois de tantos encontros e desencontros pela vida, meu amor, só pude constatar aquilo que eu já sabia.
Um minuto ao teu lado, é uma eternidade que o meu coração descreve.
É uma página de mil capítulos intermináveis, e que meus olhos insistem em ler.
É o som que inebria meus sentidos.
É a "guerra" que me traz paz..
Num abraço que mais parece um eclipse solar, regado a beijos de chuva.

Não sei no que resultará minha escolha.
Mas estou tranquila de que se a rota convencional não me fez chegar a lugar algum, talvez o novo e ainda mais arriscado, resulte em algo bom.

Quando juntos, o inexplicável se torna possível e logo a razão dá lugar a emoção.
E é só por isso que eu irei ao seu encontro sempre que houver uma placa sinalizando para felicidade.
E já não tenho mais medo.
Porque só contigo eu me perco, e também me acho. E neste caso em particular, não importa a DIREÇÃO!!

10 comentários:

Lucas Peixoto disse...

Shi, você está certa em muitos aspectos, mas um detalhe é essencial a contra-mão é muito perigosa principalmente porque ninguém consegue ficar de olho na estrada o tempo inteiro. E é justamente no momento da distração, por menor que ela seja, que os acidentes acontecem! Mais uma coisa: se vc anda na contra-mão, não consegue ler as placas direito; elas estão de costas para você e você só percebe o aviso que havia nelas, quando já passaram e você as vê pelo retrovisor...

Beijo grande, e muito cuidado nessa estrada!

Shi Oliver. disse...

Lú, não preciso reafirmar o tempo inteiro o nível de importância que vc tem em minha vida, nem tampouco o peso que seus conselhos exercem sobre mim.

Agradeço a preocupação, mas desta vez eu me vesti de acessórios de proteção e já tratei defazer um seguro também. hehe ;p

Anônimo disse...

Cada um deve saber da responsabilidade q envolve dirigir na contra-mão. É uma escolha arriscada, q envolve habilidade e forte equilíbrio emocional para não causar acidentes com outrem, q nada fizeram e sofrem as conseqüências de um momento de falta de controle daquele q arrisca.

Ao preferir o inesperado (e isso eu tb prefiro), deve-se estar consciente de q não se deve querer tomar rédeas de nada, de situação alguma, e responsabilizar-se sempre pela escolha.

O importante, nem sempre é andar com acessórios de proteção, mas não iludir-se achando q jamais precisará usá-los.

Só queria dizer uma coisa: O Lucas conseguiu fazer uma análise perfeita dos riscos. Esse rapaz sempre me surpreende.

O texto está bonito, sincero e tem mta sensibilidade. Espero q seja feliz e q mantenha os pés no chão e a cabeça na realidade.

Beijo carinhoso,
L.

Shi Oliver. disse...

L., em alguns casos a colisão pode ser inevitável. Mas acho que os riscos tornam-se menos injustos quando quem vem na mão certa, sabe exatamente o que o espera. Ou já tem alguma noção dos riscos e perigos a que está exposto.

Vistp que, aquele que tomou a decisão de andar na contra-mão, sempre deixou muito claro suas escolhas. Aberta à perícias, e certa de que sinalizei de tantas formas possíveis, lavo as mãos! :~

Anônimo disse...

Quando o motorista dirige sozinho, na mão certa ou contra-mão, ele só pode dar conta da própria vida, mas qd carrega passageiros, ele é responsável por todos dentro do carro. E como bem sabemos, quem vai na contra-mão se arrisca mais, se expõe mais aos perigos e causa acidentes maiores.

Quem vem na mão certa ou na contra-mão escolheu o inesperado, lembra? Sendo assim, não se pode falar em "saber o q o espera" de lado nenhum.

Mas ok, cada um sabe como deve guiar a própria vida. Como não tenho carteira de motorista, vou pela calçada, de olho em quem dirige pelas ruas.
L.

Shi Oliver. disse...

Érrrr...
Que tal deixarmos a racionalidade um pouco de lado?
O termo "contra-mão" a cá, foi usado no sentido figurado. Logo, não se faz necessário tantas projeções.

O que importa, é que se viva plenamente. Ainda que seja preciso arriscar-se algumas vezes!!

That's it. ;)

I a n a disse...

Perfeito! Descreveu toda minha situação no momento.. =(
Vc arrasou! =*

Anônimo disse...

Lindo texto Burguesinha! Vc arrasa sempre! Ah, e por falar nisso... onde encontra tanta inspiração?

Beijinhos.

Lucas Peixoto disse...

Bem, qdo ocorrer o tal acidente (acho que é meio inevitável), pode ligar para emergencia: 88..., vc ja sabe o número!

Shi Oliver. disse...

Seja muito bem-vinda Iana! =)
Eu sabia que vc se identificaria com o texto. Afinal, além do muito já em comum, confidências trocadas, nos torna ainda mais cúmplices.

"Anônimo metido" rs, pare de me chamar de "burguesinha", pq definitivamente, não sou! hunft =\

E Lú, muito bom saber que eu posso sempre contar com o serviço de emergência mais alto, lindo e fofo do mundo!
Amo vc! muito, muito!! ;*