terça-feira, 2 de setembro de 2008

A NÁRNIA inside of me!

"It was once two girls and two boys: Susan, Lucy Pevensie, Peter and Edmund. This history in the bill something that happened them during the war, when they had to leave of London, because of the aerial attacks. They were the mischievous four to an old teacher's house, in the middle of the field, to fifteen kilometers of distance of the railroad and the more than three kilometers of the agency of mail closer." (C. S. LEWIS)
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Adormeci e sonhei que estava em Nárnia. Tal como no filme, nevava e podia sentir a magia do lugar através de flocos de neve que caia sobre meu rosto.

O gelo nem sempre é sinônimo de ausência de calor, distância e hostilidade, uma vez que é a queda de temperatura que faz com que surja a necessidade de aproximação dos corpos. Assim sendo, não existiria calor, sem o frio, a primavera sem o outono e o verão sem o inverno.

Nós, adultos reprimidos e frustrados, já não acreditamos mais em contos de fadas ou abstrações surreais, preferimos uma boa dose de cálculos, lógica e construções dotadas de certa previsibilidade.

É na infância que se desenvolve a magia da criatividade, a ebulição dos sonhos mirabolantes e a invenção de lugares fantásticos. Não que seja impossível ao adulto voltar à “terra do nunca”, mas isso exige dele muito mais que um mero “Peter Pan” numa eterna fantasia de ‘adulto infantilizado’.

Em Nárnia o céu é uma extensão do infinito e ele não se limita a atmosferas. É como se pudéssemos tocar nos astros e estrelas, ou pegar carona num cometa. Os oceanos em Nárnia têm água doce, o que implica que nascentes e afluentes, córregos e lagos, todos possuem a mesma essência.

A relva de Nárnia é um lindo verde embranquecido pela neve, composto por bosques e árvores milenares, não há desmatamento e os animais convivem em pura harmonia, como se não houvesse extinção de espécies e nem alteração na cadeia alimentar.

Plantas e animais conversam com humanos. Os seres mitológicos também ganham vida, e tornam-se tão reais quanto suas crenças.

De repente me reconheci nos quatro personagens: na coragem de Lúcia Pevensie, que tudo ousava, numa ânsia desenfreada de satisfazer suas curiosidades; na gentileza de Susana, que superprotegia seus irmãos, tomando para si as responsabilidades de sua mãe enquanto esta estava longe; na fraqueza de Edmundo, quando corrompe sua moral, vendendo-se por manjares e traindo seus irmãos; ou no genuíno arrependimento em que doa a vida em favor de seu irmão. E por fim, na magnificência de Pedro, que apesar de não ter compreendido Edmundo, concedeu-lhe muito mais que o perdão, confiando-lhe parte de seu exército.

O Sul de Nárnia é delimitado por montanhas, no extremo norte fica o Éden e nos limites laterais de Leste e Oeste, ficam as divisões entre o velho e o novo mundo. O que divide o centro de Nárnia, é um velho poste com uma lamparina sempre acesa, ela nunca se apaga e está sempre no mesmo lugar, significando os sonhos e a esperança.

O tempo em Nárnia não passa da mesma forma que em nosso mundo. Em geral ele passa muito mais rápido, e quando ‘saímos do guarda-roupa’ ou voltamos ao nosso mundo, é como se não houvesse passado tempo algum. A idéia de que o tempo passa de maneira diferente em locais diferentes nos remete a Teoria da Relatividade de Albert Einstein.

O mundo de Nárnia é uma extensão da nossa psique. Uma terra desconhecida, e desabitada, cabendo a nós desbravá-la e coabitá-la de sonhos e fantasias.

Existe sempre uma Nárnia dentro de cada um de nós, um coração velho e fechado como um guarda-roupa, numa sala vazia. Portanto, encontre o caminho de volta a si mesmo. Torne-se criança outra vez, siga seu coração e hás de encontrar uma floresta encantada onde reluz indubitavelmente, teus sonhos mais adormecidos.

4 comentários:

Anônimo disse...

não sabia que tu gostavas desse livro não.... gostas também d'O Senhor dos Anéis?

Shi Oliver. disse...

Oi Idel!

Pois é, gosto do irlandês C.S.Lewis sim; a obra THE CHRONICLES OF NARNIA consta de 7 livros. Li alguns de THE LORD OF RINGS, vi os filmes também, até porque eu gostei do BEOWULF, cuja narrativa é bem parecida. :)

Anônimo disse...

pois é, tenho a impressão que os livros Lord of the Rings deva ser até interessante, tenho boas referências a respeito dele. mas em relação ao filme, eu achei uma merda, não gostei mesmo. ahh, uma curiosidade sabia que o escritor de Lord of the Rings é sul-africano?! branco, descendente de ingleses, mas sul-africano... e continua postando sobre literatura e eu continuarei a ler rsrs. só atualiza mais pô.

Shi Oliver. disse...

Thank you Idel.
Yeah, I'll update as soon as possible. See ya! =)