quinta-feira, 28 de agosto de 2008

It is necessary to die!

"Justo quando a lagarta pensou que o mundo tivesse acabado, ela virou uma borboleta." (Antoine de Saint-Exupéry)

Estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas à ausência de vida e isso é um erro. Existem outros tipos de morte e precisamos morrer todos os dias. A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação. Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe a borboleta sem a morte da lagarta, portanto, a morte nada mais é do que o ponto de partida para o início de algo novo. É a fronteira entre o passado e o futuro.

O homem é, indubitavelmente, guerreiro nato. Contudo, é estranho o modo como nos fechamos em redomas; talvez por medo, insegurança ou algum desconforto que gera em nós descrença na capacidade de realização, somos levados a nos enclausurarmos numa espécie de casulo-protetor. Tal ato nos impossibilita o crescimento, o desabrochar para o processo evolutivo, uma vez que toda evolução exige que matemos o nosso “eu” passado, inferior.

Quer ser um bom universitário?, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente. Quer ser um bom profissional?, mate dentro de você o universitário descomprometido que acredita que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas. Quer ter um bom relacionamento?, mate dentro de você o ser inseguro, ciumento, ou o solteiro solto que pensa em fazer planos sozinho, sem ter que dividir espaços, projetos e tempo com mais ninguém. Quer ter maturidade?, abra mão de pensamentos infantis, aja como adulto, porte-se como tal e assuma responsabilidades!

Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram. Não se projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam. Acabam se transformando em projetos inacabados, híbridos, adultos “infantilizados”.

O casulo acaba sendo essa redoma em que as pessoas se fecham, ou se limitam buscando ‘proteção’; uma vez que a idéia ‘do novo’ lhes apavora. Ele nada mais é, que uma casa temporária onde o indivíduo evolui gradativamente, até que precise romper a casca e sair em busca de novos horizontes.

Os processos metamórficos são interdependentes, sendo um, extensão do outro, uma continuidade, e apesar disso, para que cada um complete o seu ciclo, o posterior deve ser completamente rematado. Por isso, a idéia de que a morte não é o fim, e sim um recomeço.

Então, o que você precisa matar em si ainda hoje, para que nasça o SER que você tanto deseja ser?

Não tenha medo, rompa o casulo...

Pense nisso e MORRA!

Mas não esqueça de NASCER melhor ainda!!!

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