domingo, 13 de maio de 2012

Once Upon a Time...



Era uma vez, num reino muito distante da realidade, uma menina que acreditava no sui generis (expressão latina geralmente usada para descrever aquilo que tem natureza única, especialmente rara).

Quando criança, Julieta acreditava que um dia também viveria um grande amor.
O tempo passou. A menina cresceu, tornou-se mulher, e não muito diferente das histórias dos contos de fadas que ouvira quando criança, Julieta aguardava esperançosa por seu Romeu.

Enquanto os anos se passavam, a cada baile, uma nova frustração.

Cansada de procurar por seu príncipe encantado, Julieta decide então se entregar ao acaso. Dizem que quando desejamos muitíssimo algo, o universo conspira ao nosso favor.

Pois bem;
Pela primeira vez em muitas estações, viu-se um brilho diferente nos olhos da jovem Julieta. O seu coração saltitava de felicidade, enquanto ela saudava o amor:
_ Seja bem-vindo, querido Romeu!
_Porque demorou tanto, meu amado?!
Disse Julieta com os olhos ainda marejados.

O amor lhe sorria. Romeu parecia corresponder às expectativas.

Passado algum tempo...
...a fantasia fez-se realidade, e o encanto acabou!

_ Eu acreditei em tuas juras de amor. Julguei ser diferente de todos os outros! E no mais recôndito de mim, te abriguei.

_ Acreditei que tão forte quanto à vida e a morte, em Shakespeare, também o nosso sentimento prevaleceria. Acreditava que nem mesmo a morte poderia nos separar. E que se fosse isto possível, ainda assim, nos encontraríamos em outras vidas. Tão grande era o meu amor por ti!

Mais do que um revés.
De repente, Julieta se viu sem reino, sem serenata, sem cavalo branco, sem príncipe. E totalmente destituída de tudo aquilo com o que sempre sonhou.

Não muito diferente das tragédias Shakespeareanas, eis indubitavelmente, Le Grand Finale:
Farei desta canção, o meu manual de sobrevivência.

Segue vida!

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