Meu mundo caiu.

Meu mundo caiu
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim

Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você nem a ninguém
Não fui eu que caí

Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar







"Às vezes. Considero masoquismo aturar sem queixas uma porção de pessoas. Detesto gente burra e vivo me encontrando com elas.

Dor física jamais me fez medo. Tenho medo apenas do que não depende de mim: amar e não ser amada, por exemplo.

A bebida é a bengala de um velhinho que mora em minha personalidade. Mas tenho certeza de que uma criança que existia em mim, antes de tantas coisas acontecerem, um dia voltará. Só então saberei quem sou.

Quando estou só, tenho certeza de que sou maior do que eu mesma e isto me apavora. Ninguém deve conhecer a sua própria dimensão.

Em todas. Mas em nenhuma eu quis morrer imediatamente. Por isso morria pouco. Só uma coisa me faria morrer até o fim: o amor."


[trechos duma autoentrevista]

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“Se meu mundo caiu...
Eu que aprenda a levantar”
Maysa Figueira Monjardim Matarazzo,
cantora, falecida em 22/01/1977.